O primeiro
post de um blog é sempre um desafio. O post deve ser preciso. Deve trazer em um único texto o real motivo
que fez o blog nascer. Deve falar de algo especial.
Com isso em
mente, optei por falar das maravilhas do Ceará, das maravilhas de
Jericoacoara. Jeri (como carinhosamente
a chamamos) é um lugar singular, mas que remete ao plural. É para quem quer
sossego. Quem quer festa. Quem quer
praia. Quem quer romantismo. Jeri é um lugar para quem quer resgatar um pouco
da vida e ao mesmo tempo esquecer um pouco dela.
A beleza da vila está na grandeza de possibilidades em meio a tanta simplicidade. Está no
pisar de areia de uma vila praiana enquanto se degusta um jantar especialmente
preparado. Jeri vive do contraste entre o moderno e o rústico, entre o
rudimentar e o gourmet.
Localizada na
costa oeste do Ceará, a aproximadamente 300km de Fortaleza, Jericoacoara é um
vilarejo isolado. O percurso é
feito em duas etapas. O turista deve, saindo de Fortaleza, seguir até a cidade
de Jijoca de Jericoacoara. O trajeto pode ser feito por ônibus que diariamente
saem da rodoviária de Fortaleza (empresa Fretcar, R$29) ou de carro. Chegando a
Jijoca, o próximo passo é pegar uma jardineira/caminhonete (R$10) ou um bugue e
aproveitar o trajeto até o vilarejo, cercado por belas dunas e ansiedade.
Já na praia, as
opções de estadia contemplam todos os orçamentos. Em geral, a rede hoteleira é
formada por pousadas pequenas e intimistas (Pousada Alquimia), mas há também
grandes hotéis com serviços internacionalmente reconhecidos (Casa na Praia).
A praia é logo
ali! Uma vez que a vila é minúscula, tudo está próximo. Acordar cedo, correr
pra praia e pular no mar é um bom começo para o seu dia. No final de julho, quando
fomos, a praia estava quase vazia! A praia era nossa! Era só desfrutar.
No final da
tarde, é hora da romaria. Hora de subir na duna do pôr do Sol. O espetáculo
reúne todos que estão hospedados em Jeri e é fácil de entender o porquê. Basta
subir, escolher um local pra sentar e se maravilhar com tanta beleza.
Durante a
noite, após um jantar em um dos ótimos restaurantes que Jeri oferece (prometo
um post apenas com dicas de onde comer), a praia volta a ser o ponto de
encontro. Em um cenário que nos lembra de filmes adolescentes da década
passada, a praia se enche de barracas com drinks e música ao vivo. Aproveite
para tomar caipirinhas de kiwi, morango, cajá e outras frutas enquanto
contempla o céu estrelado e o mar logo ao lado.
No dia
seguinte, é hora dos passeios. A vila oferece uma série de passeios para lagoas
vizinhas, dentre elas a lagoa do Paraíso, lagoa Azul e Tatajuba. Os passeios
podem ser organizados nas pousadas ou diretamente com os bugueiros associados.
Minha escolha foi passar um dia na lagoa do Paraíso.
Elogios à
lagoa com o nome de Paraíso tendem a ser clichê. Mas é isso. A lagoa é linda,
com águas claras e com essas redes sensacionais para descansarmos. Sem dúvida é
um dos pontos altos da viagem. Outro passeio que recomendo é uma visita à pedra
furada, principalmente ao entardecer, quando o Sol e a pedra proporcionam belas
combinações.
Poderia falar
muito mais de Jeri. Detalhar os lugares e as impressões que o lugar pode
passar, mas prefiro com o post instigar o desejo de vocês visitarem e construir
suas próprias paixões pela vila. Pois não há dúvida de que vão.
Jeri é um lugar para acordar e caminhar
pelas areias das ruelas sob Sol ou Lua. É para sentar na praia e absorver a
calmaria que a maré traz e leva. É para, em resumo, conhecer. Não importa o que
você busque, o seu lugar é em Jeri!